quarta-feira, 4 de abril de 2018

ORAÇÃO E CURA


Recorres à oração, junto ou daquele enfermo, e sofres,
quando a restauração parece tardia.
Entretanto, reflete na Lei Divina a que todos,
obrigatoriamente, nos entrosamos. Isso, não quer dizer
que devamos ignorar o martírio silencioso dos
companheiros em calamidade no campo físico.
Para tanto, seria preciso não haver sentimento.
Sabemos, sim, quanto dói seguir, noite a noite, a
provação dos familiares, em moléstias irreversíveis;
conhecemos, de perto, a angustia dos pais que recolhem
no coração o suplício dos filhinhos torturados no berço;
partilhamos a dor dos que gemem nos hospitais como
sentenciados à pena última, e assinalamos o tormento
recôndito dos que fitam, inquietos, em doente amados, os
olhos que embaciam...
Observa, porém, o quadro escuro das transgressões
humanas que nos rodeiam. Pensa nos crimes perfeitos
que injuriam a Terra; na insubmissão dos que se rendem
às sugestões do suicídio, prejudicando os planos da
Eterna Sabedoria e criando aflitivas expiações para si
mesmos; nos processos inconfessáveis dos que usam a
inteligência para agravar as necessidades dos
semelhantes e na ingratidão dos que convertem o
próprio lar em reduto do desespero e da morte...
Medita nos torvos compromissos dos que se acumpliciam
agora com os domínios do mal, e perceberás que a
enfermidade é quase sempre o bem exprimindo reajuste,
sustando-nos à queda em delitos maiores.
#
Organizemos, assim, o socorro da oração junto de todos
os que padecem no corpo dilacerado, mas se a cura
demora, jamais nos aflijamos.
Seja o leito de linho, de seda, palha ou pedra, a dor é
sempre a mesma e a prece, em toda parte, é bênção,
reconforto, amparo, luz e vida.
Lembremos-nos, no entanto de que lesões e chagas,
frustrações e defeitos, em nossa forma externa, são
remédios da alma que nós mesmos pedimos à farmácia
de Deus.

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