Bendita sejas sempre, mão fraterna,
Que distribuis, caminho a fora,
A segurança, o teto, a proteção e a mesa
Para sanar a dor da penúria que chora.
Bendita sejas pelo pano amigo,
Que entreteces ou limpas, a contento,
Suprimindo a nudez de quem vai pela estrada,
Ante a injúria do pó, sob os golpes do vento.
Bendita sejas no desprendimento,
Com que dás a moeda, em sentido profundo.
No louvor ao trabalho e no apoio à bondade,
Reduzindo a aflição e a tristeza do mundo.
Bendita sejas na abnegação,
Sem que louros quaisquer busques ou vises,
Quando estendes a benção da esperança
Aos irmãos fatigados e infelizes.
Bendita se ias pelo reconforto
Na generosidade doce e franca,
Quando levas consolo e lenitivo
Àqueles que a doença humilha e espanca.
Bendita sejas na fidelidade
Com que te santificas no amor puro,
Em resguardando a infância desprezada,
Edificando as bases do futuro.
Bendita sejas pela idéia nobre,
Com que gravas o Bem, na frase que te encerra,
Iluminando o verbo, onde o verbo se inscreva
Para, a sublimação de toda a Terra !
Bendita sejas sempre, mão criadora,
Em ti, a caridade, atingindo apogeus,
Revela, em toda a parte, o Sol do Entendimento,
A Grandeza da Vida e a Presença de Deus.
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